O primeiro relato que eu quero compartilhar com
vocês não é de uma viagem épica para algum país absurdamente lindo no exterior, mas sim de uma viagem no tempo, uma viagem para
o exato momento em que a minha história com a língua inglesa começou a ser
desenhada...
Pode até soar meio clichê, mas acho importante relatar aqui o quanto esse idioma estrangeiro tem impactado a minha vida, e o quanto eu sou feliz pelas escolhas que fiz. Muito provavelmente eu não estaria aqui hoje, e grande parte das vivências que vou compartilhar jamais teriam se concretizado, não fosse pela minha jornada com ela, a língua inglesa.
Vamos à primeira história então... Era o início dos anos 80, eu tinha por volta de 10 anos, meu
irmão 5 e minha irmã era bebê ainda. Morávamos numa região de terras altas, no
interior do município de Santa Cruz do Sul, RS. Era um cenário belíssimo,
estrada de chão, morros à volta, um riacho nos fundos da propriedade, animais silvestres, pássaros, cheiro de mato e muito verde...
O centro urbano mais próximo ficava a cerca de 40 km. Lá, ter
um aparelho de televisão em casa era privilégio, e ter um com imagens
coloridas, um luxo... Era uma época sem telefone, sem celular, sem smartfone e
sem câmera digital, um tempo em que os livros eram o que havia de mais
extraordinário.
Meu irmão e eu passávamos o nosso tempo livre, entre aulas e
pequenas tarefas domésticas, inventando brincadeiras, fazendo piqueniques, correndo dos bodes ou do gado, pescando no açude, tomando banho de rio, andando de bicicleta ou aprontando
alguma...
Eram tantas brincadeiras divertidas que fica impossível
lembrar de todas, mas uma que permanece muito viva em minha memória é a de dar
aula... Eu montava todo um cenário improvisado embaixo de uma goiabeira que
havia ali e fazia o papel de professora, enquanto meu irmão, mesmo contra
a vontade na maioria das vezes, de aluno.
E sabem o que eu ensinava? Uma língua chamada inglês! Claro
que não o inglês real, pois tive o meu primeiro contato com o idioma somente
anos mais tarde, mas uma língua inventada, estranha, de sons exóticos, que eu fazia meu
irmão repetir como se estivéssemos numa aula de pronúncia... E assim, no mais
improvável dos lugares, um talento inato se revelava.
Não nasci professora, me tornei uma profissional da educação
por meio de muito estudo, muito trabalho, muita vontade de aprender, muita
dedicação e muita determinação, mas foi a minha paixão pela língua inglesa que
me conduziu por este caminho!
E só depois de muito tempo é que eu, finalmente, entendi a
minha missão, compartilhar sonhos, conectar pessoas e levar a língua
estrangeira, e a minha paixão por ela, o mais longe que eu puder e para o maior
número de pessoas possível! Não há limites para o que podemos realizar, basta
acreditar e fazer acontecer!
PS: As imagens são de 1983, à direita estamos eu e minha irmã Janine, sentadas numa das goiabeiras da antiga propriedade de meus pais, e à esquerda, meu irmão Júlio nos galhos mais altos da mesma árvore.
Que relato interessante! Desde pequena já tinha a vontade de ensinar língua estrangeira! Acompanhei uma parte da sua busca deste sonho e me sinto privilegiada com isso! Fico feliz de saber que vc viveu historias fantásticas a partir das vivências e estudos que o inglês lhe proporcionou e continua lhe proporcionando...
ResponderExcluirEssa só pode ser a minha amiga Mara falando! Verdade, desde pequena eu já gostava de ensinar, incrível, não? E fico muito feliz por estares gostando de acompanhar minhas narrativas! Bjs.
ExcluirA apresentação visual e ilustrações do teu blog revelam teu requinte e esmero naquilo que fazes.
ResponderExcluirNossa, que bom 'ouvir' isso! Procuro sempre fazer o meu melhor, e saber que alguém está gostando de acompanhar minhas narrativas é muito gratificante!
ResponderExcluir